Diretor do Cofeci questiona a quem interessa desregulamentar a profissão de corretor de imóveis

Durante a 6ª Conferência Nacional de Conselhos Profissionais, que ocorre até amanhã no Centro de Eventos Brasil 21, em Brasília, o diretor-secretário do Conselho Federal de Corretores de Imóveis, Rômulo Soares, ecoou uma pergunta que não quer calar: a quem interessa a desregulamentação das profissões, que são 32 no Brasil?

“Só na profissão de corretores de imóveis somos 600 mil pessoas físicas e 90 mil empresas imobiliárias ativos”, lembrou, destacando a recente mobilização do Sistema Cofeci para que em menos de 24h fosse revogado decreto presidencial que fulminava a profissão, escancarava o mercado a pessoas inescrupulosas, desqualificadas e criminosas, cuja maior vítima seria a sociedade.

Precedente perigoso

Ele alertou ainda os demais Conselhos de Classe para o perigoso precedente que se abriria e defendeu uma resposta nas urnas nas eleições que se avizinham aos candidatos a deputado estadual, distrital e federal, senador, governador e presidente da República que não defenderam efetivamente a continuidade da regulamentação das profissões econômicas no país.

Rômulo, que além de corretor de imóveis e advogado, é administrador de empresas, parabenizou a organização do evento, pelos temas e palestrantes escolhidos. “De extrema importância, sobretudo para os gestores que não têm formação na área e estão à frente de autarquias públicas federais e têm por obrigação se familiarizar, por exemplo, com compliance e governança, como legitimidade, transparência, equidade e segregação de funções, pois sobre seus ombros recaem grande responsabilidade”, afirmou.