22 sentidos do mercado imobiliário: Marcus Araujo lista principais tendências

Considerado o mago do mercado imobiliário por conta das suas previsões assertivas para o setor, Marcus Araujo, estatístico, CEO do Mundo DataStore e autor do livro Meu Imóvel, Meu Mundo, traz para este novo ano, os 22 sentidos que devem ditar os projetos imobiliários.

Em entrevista ao Radar Imobiliário na rádio Metrópole no sábado (8), ele pontuou os principais fatores que devem influenciar a nova sensibilidade do mercado imobiliário, principalmente quando relacionada à moradia.

Com a transformação da família, cada vez mais menor, diga se de passagem, muitos priorizando a vida profissional, saúde e bem-estar, as propriedades além de se tornar mais compacta e flexível, alguns ambientes se tornaram obsoletos como duas portas de entrada e saída, sendo a principal a de serviço, banheiro da dependência da empregada. Em contraponto, outros deram lugar ao lavabo, área gourmet e o home office.

Araujo conta que isso já foi ditado desde a geração de 80, quando os jovens começaram a constituir suas famílias mais tarde, até mesmo com um filho, e as mulheres priorizaram mais sua independência e conquistas dos seus espaços de direito e competência e todo esse cenário influencia no trabalho dos profissionais.

São muitas variáveis e transformações que implicam diretamente no setor juntamente com a tecnologia, disse Marcus. Este último muito mais evidente com a chegada da pandemia, quando as medidas restritivas impuseram a presença maior dentro de casa e todas as atividades tiveram que ser feitas dentro dos ambientes domésticos.

O especialista que vai tratar durante esse mês no seu Instagram dos 22 sentidos do mercado imobiliário destacou que um desses pontos é a retirada das paredes. A sensação de amplitude chega a partir dos ambientes integrados e vai mais além, por serem colocados nas redes sociais, os espaços se tornaram palco de vídeos e fotos para internet.

Já sobre a intenção de compra que bateu recorde com mais de 15,6 milhões de famílias interessadas em adquirir um imóvel, Marcus Araujo cita que não houve redução e sim adequação às novas necessidades. Até porque a oferta é muito menor que a demanda e isso acaba influenciando diretamente na valorização dos imóveis, que pode chegar a 25%.

Compacto e funcional

Quando Araujo avalia os empreendimentos principalmente em torno da metragem e amplitude, este último está mais ligado à inteligência do projeto, ressalta, já que o espaço mais largo exige uma renda maior do comprador e consequentemente retira do mercado potenciais consumidores.

O especialista aponta que o compacto não é mais uma tendência e sim uma realidade, sendo que as unidades de um e dois quartos são mais de 50% da expectativa das pessoas dentro dessa década e a partir de 2050 as famílias estarão cada vez menores e inclusive muitos solteiros.

Nesse modelo inclusive entra o novo morar com flexibilidade e praticidade para estar em qualquer lugar tendo em mente o conhecimento e a experiência. Isso é traduzido diretamente no tamanho dos imóveis e o sistema híbrido faz com que aquela família que tinha quatro propriedades, reduza só a uma e mantenha outra em formato de aluguel, quando tiver necessidade, a exemplo de quem trocou os grandes centros urbanos pela casa de praia, mas necessita ir esporadicamente a capital resolver questões pessoais e profissionais. Isso se chama economia compartilhada, porque a partir do momento que utilizo um imóvel, o proprietário daquele bem estará rentabilizando a unidade.

Por fim, Marcus citou sobre o boom do metaverso, falou do único fator que atrapalha o mercado imobiliário, além do crescimento vegetativo que contribui para um cenário promissor em 2022. Temos um horizonte bem positivo para essa década inteira e 2022 será um grande ano. Confira a entrevista na íntegra.