A segunda onda da covid-19 resultou no aumento de 10 vezes na procura de imóvel, segundo DataZAP, do ZAP+. Esse comparativo foi em relação a março de 2021 e 2020.
A cada 10 brasileiros, quatro apontaram interesse em uma casa nova, segundo o estudo feito com 2.224 usuários dos sites. Em março de 2020, a proporção era de quatro em cada 100.
Essa intensificação se deve à valorização do imóvel, ao déficit habitacional e também às condições em relação ao financiamento imobiliário.
E mesmo com a taxa básica de juros (Selic) em 3,5% atualmente, os juros imobiliários estão em torno de 6,9%.
Mas é importante analisar o cenário macroeconômico e também a longo prazo, principalmente quando influencia nos materiais de construção, que sofrem com a alta de preços e até mesmo falta de insumos.
Em relação às principais características dos interessados em imóveis, para eles foi considerado como importante ou muito importante que os imóveis sejam maiores (52%) e tenham ambientes bem divididos (62%), vista desimpedida (61%), varanda (60%) e mais dormitórios (49%).
Para 45%, a opção de uma casa é algo considerado importante ou muito importante, contra 38% na terceira edição da pesquisa, feita entre maio e junho de 2020.
Diminuiu a parcela de pessoas que acham importante o imóvel ficar perto do local de trabalho, que passou de 44% em março de 2020 para 38% no mesmo mês deste ano.
Ainda assim, a preferência por residências que tenham vizinhança com mais comércio e serviços permaneceu alta (65%) na pesquisa mais recente.
Com esse panorama é importante frisar que a tendência dos compactos ainda vai permanecer, tanto para quem busca a primeira moradia e está sozinho, como para investidores com interesse em rentabilizar o bem.
O home office ainda continua como fator importante para 58% dos entrevistados.
Fonte: Folha de SP