Cenário favorece alta nos preços dos imóveis

Com a confiança da construção e a demanda por imóveis, está prevista uma alta nos preços das propriedades nos próximos 12 meses.

De acordo com o “Indicador de Confiança do Setor Imobiliário Residencial”, feito pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) e pela consultoria Deloitte com 50 construtoras e incorporadoras, foi registrado aumento nas vendas de imóveis no segundo trimestre e que a expectativa segue alta para o terceiro, principalmente nos segmentos de médio e alto padrão. Já para o nicho econômico é aguardada uma estabilidade.

Mas é importante analisar a alta do INCC (Índice Nacional da Construção Civil), que mede a inflação nos materiais e mão de obra. Ele registrou aumento de 17,35% no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em julho, e de 10,75% considerando apenas 2021. A consequência desse cenário é o repasse dos valores para os imóveis.

Ainda de acordo com o indicador de confiança, o preço cobrado pelas unidades já apresentou forte aumento no segundo trimestre (nota 2,68, em escala que vai até 3) e a expectativa é que siga nesse ritmo pelos próximos 12 meses (nota 2,96).

Mas, de acordo com os especialistas do setor, isso não irá intimidar o consumidor, apenas reavaliar as necessidades, que inclui, por exemplo, a metragem do imóvel. Para Luiz França, presidente da Abrainc, “sempre tem readaptação, se a pessoa iria comprar apartamento de 220 metros quadrados, pode comprar de 190”

Em relação ao imóvel popular, como os valores são tabelados, é importante discutir a readequação das exigências.

Mas o setor tem problemas que devem ser solucionados para que os empresários continuem confiantes.

Para 55,5% dos entrevistados na Sondagem da Indústria da Construção, feita pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), a falta ou o alto custo do material de construção é a principal adversidade.

Fonte: Folha de SP