Governo amplia “Minha Casa, Minha Vida” para atender famílias com renda de até R$ 12 mil

O programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida” passará a beneficiar também famílias com renda mensal entre R$8 mil e R$12 mil. O anúncio foi feito pelo ministro das Cidades, Jader Filho, em entrevista ao programa A Voz do Brasil da última segunda-feira (7). A nova faixa, voltada à classe média, permitirá o financiamento de imóveis novos ou usados com valor de até R$500 mil.

De acordo com o ministro, o financiamento poderá ser realizado em até 420 parcelas, com taxa de juros anual de 10,5%. Para viabilizar os recursos, o governo federal utilizará recursos do Fundo Social, provenientes da exploração do pré-sal, em combinação com verbas da poupança e de Letras de Crédito Imobiliário (LCI). A expectativa é que R$30 bilhões sejam destinados à nova modalidade.

“A gente tem visto muito dinheiro sair da poupança para outros tipos de aplicação. Com isso, tá faltando dinheiro para financiar a habitação no Brasil por parte da poupança. Então, o governo federal colocou esse recurso que vem do Fundo Social […], e a gente está conseguindo R$30 bilhões para financiar as famílias de R$8 mil até R$12 mil”, afirmou Jader Filho.

Com essa medida, o governo pretende financiar até 120 mil famílias dessa faixa de renda ao longo de 2025, ampliando o alcance do programa para novos perfis socioeconômicos.

O ministro destacou ainda que a maior parte dos contratos do “Minha Casa, Minha Vida” continua concentrada na Faixa 1, destinada a famílias com renda de até R$2,8 mil. “A gente aumentou o subsídio, ele passou para R$55 mil. A gente reduziu a taxa de juros, é a menor da história de todos os programas habitacionais do Brasil. Com isso, a gente tá conseguindo fazer a justiça social”, ressaltou.

O programa está estruturado em quatro faixas de renda:

  • Faixa 1: até R$2,8 mil;
  • Faixa 2: de R$2,8 mil a R$ 4,7 mil;
  • Faixa 3: de R$4,8 mil a R$ 8 mil;
  • Faixa 4: de R$8 mil a R$12 mil (nova inclusão).

A meta do governo federal é contratar três milhões de novas unidades habitacionais pelo programa até o fim de 2026. Com a ampliação, o “Minha Casa, Minha Vida” reforça seu papel como instrumento de inclusão social e econômica, abrangendo agora também a classe média brasileira.