Indicador de confiança do setor imobiliário residencial aponta estabilidade na procura por imóveis no 1º trimestre apesar da pandemia

  • O levantamento contou com a participação de 48 construtoras e incorporadoras do setor imobiliário residencial; expectativas quanto a novos lançamentos e novas aquisições continuam no radar da ampla maioria;
  • Com a manutenção da procura por imóveis, que já vinha aquecida dos dois trimestres anteriores, somada à alta no valor dos insumos, os preços dos imóveis seguiram com expectativa de aumento;
  • As expectativas para médio e longo prazos indicam um cenário positivo, mesmo em meio à segunda onda da pandemia da Covid-19.

A segunda edição do Indicador de confiança do setor imobiliário residencial, realizado pela Deloitte, em parceria com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), indica a manutenção da procura por imóveis no primeiro trimestre de 2021. O levantamento também mostrou uma leve redução nas vendas e expectativas no curto prazo no segmento MAP (Médio e Alto Padrão), mas com perspectivas otimistas no médio e longo prazos. O indicador de confiança é realizado a cada três meses, de forma a avaliar com mais precisão os movimentos das empresas do setor. Nesta edição, 48 empresas participaram da avaliação.

Para a ABRAINC, os resultados mostram que o setor continua confiante na retomada da economia, e que a pandemia não afetou a intenção dos empresários em investir. “Os juros, que ainda se mantêm em um patamar baixo, tiveram um papel importante nesse desempenho, assim como para as expectativas em relação ao futuro. É preciso agora que o governo consiga implementar a agenda de reformas para que nosso setor, e a economia como um todo, possa seguir uma trajetória ascendente após um ano de crise”, afirma o presidente da entidade, Luiz França.

O levantamento buscou usar uma metodologia diferenciada para interpretar os resultados e facilitar a leitura entre os dois trimestres (4T2020 e 1T2021). Desse modo, os percentuais de respostas foram transformados em notas variando de 1 (para forte redução) a 3 (para forte aumento) e cada segmento foi classificado dentro desse padrão. As respostas dos participantes da pesquisa indicaram redução, manutenção ou aumento no primeiro trimestre de 2021, em relação ao 4º trimestre de 2020, tendo como referência os itens: procura de imóveis, vendas, expectativas para vendas, vendas nos próximos 12 meses, preços de imóveis, expectativa para o preço dos imóveis, expectativa para o lançamento de novos empreendimentos e expectativa de aquisição de terrenos para empreendimentos residenciais.

Indicador de confiança do setor imobiliário residencial

“Mesmo com o agravamento da pandemia durante esses primeiros meses de 2021, o setor segue acompanhando, mesmo que de modo moderado, o crescimento do quarto trimestre de 2020. Isso mostra que o segmento imobiliário residencial está resiliente e otimista e continua com uma manutenção das expectativas de melhora para os próximos meses”, destaca Claudia Baggio, sócia-líder de Financial Advisory na prática de Real Estate da Deloitte.

Resultados do 1º trimestre e expectativas :

Procura de imóveis (Nota 1,90 = Manutenção) – Após o 4º trimestre de 2020 ter tido um índice alto em relação à procura de imóveis, aquecendo o mercado, a pesquisa aponta uma manutenção nessa boa demanda no primeiro trimestre de 2021. A nota Geral para a procura de imóveis (CVA+MAP) foi de 1,90, mas, quando separados por segmentos, as notas foram de 1,97 (Casa Verde e Amarela) e de 1,82 (MAP).

Vendas (Nota 1,83 = Manutenção). As vendas de imóveis no 1º trimestre desse ano se mantiveram em relação ao 4º trimestre de 2020, momento em que estavam bem aquecidas.

Expectativas para vendas (Nota 2,07 = Manutenção) – De acordo com os respondentes, a visão a longo prazo é mais positiva. As vendas para o segundo trimestre de 2021 indicam ainda uma sustentação, mas em um cenário um pouco mais promissor, mesmo em meio à segunda onda da crise causada pela pandemia de Covid-19 no país.

Vendas nos próximos 12 meses (Nota 2,35 = Aumento) – Para os próximos 12 meses, encerrados em abril/2022, o levantamento mostra que a expectativa é de aumento para os três segmentos: Geral (Nota 2,35), CVA (Nota 2,34) e MAP (Nota 2,37).

Preço de imóveis (Nota 2,42 = Aumento) – Devido ao aumento nos valores dos insumos da construção, os preços dos imóveis continuaram em alta no primeiro trimestre de 2021 e a expectativa é de que sigam assim nos próximos meses. De acordo com as respondentes do segmento de MAP, existe também uma expectativa de forte aumento.

Expectativa para os preços dos imóveis (Nota 2,57 = Aumento). O levantamento sondou as expectativas para o 2º trimestre de 2021, para os próximos 12 meses e para os próximos cinco anos. De acordo com a análise, a visão das respondentes é de que o setor continuará com alta de preços de imóveis no próximo trimestre (Nota 2,57, no Geral), mas apenas o MAP (médio e alto padrão) registrou forte aumento para os próximos meses, com nota 2,69.  Tanto para os próximos 12 meses quanto para os próximos cinco anos, a expectativa para todos os segmentos do setor é de forte aumento: CVA com notas 2,67 (12 meses) e 2,88 (5 anos), e MPA com notas 2,84 e 2,97, respectivamente.

Expectativa para lançamento de novos empreendimentos. A expectativa para lançamento de empreendimentos nos próximos 12 meses segue positiva. Para o MAP, a expectativa é de 100% e para a amostra geral (CVA e MAP) é de 97%.

Expectativa de aquisição de terrenos para empreendimentos residenciais. A expectativa para esse índice nos próximos 3 a 12 meses continua alta para todos os setores: 79% para CVA e 88% MAP, sendo 83% para a amostra geral.

Confira a íntegra do indicador:

 

 

 

 

 

Fonte: abrainc.org.br