Juro baixo e dólar alto impulsiona venda de imóveis de luxo

Com juro baixo, dólar alto, privação das viagens internacionais e consolidação do home office, os imóveis de alto padrão tiveram uma alta demanda e muitos optam trocar apartamentos por casas, ou para unidades privativas maiores.

Além de conforto e tranquilidade, a compra de ativos de luxo é a oportunidade de investimento porque os imóveis estão mais baratos em dólar, dizem especialistas.

Segundo o Secovi SP, nos últimos seis meses, entre setembro de 2020 e fevereiro de 2021, a quantidade de imóveis novos vendidos na cidade de São Paulo cresceu, em média, 14,2% em relação a o período de setembro de 2019 e fevereiro de 2020. Mas as vendas de imóveis avaliados entre R$ 900 mil e R$ 1,5 milhão e acima de R$ 1,5 milhão registraram os maiores avanços: aumentaram o dobro da média do mercado, com altas de 32,1% e de 31,3%, respectivamente.

Normalmente um período crítico que é o primeiro trimestre deste ano, o momento surpreendeu o setor, que fechou R$ 200 milhões em negócios, o triplo do mesmo trimestre do ano passado. O valor médio das vendas foi de R$ 10 milhões no período, ante R$ 6 milhões em 2020. “Foi o melhor primeiro trimestre em 50 anos da empresa”, disse Marco Túlio Vilela Lima, CEO da Esquema Imóveis, imobiliária especializada em alto padrão em bairros nobres da capital paulista.

Entre os perfis estão executivos, grandes empresários, famílias tradicionais e investidores do mercado financeiro – é de pessoas que têm investimento ou receita em dólar.

A Finder Imóveis apontou alta de 45% a 50% no volume de negócios com casas e coberturas na capital paulista. O valor médio das vendas, que antes da pandemia oscilava em torno de R$ 4 milhões, dobrou.

Já em relação às incorporadoras, a Cyrela, por exemplo, as vendas de imóveis de alto padrão atingiram R$ 517 milhões no primeiro trimestre, com crescimento de 43,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

A SKR Arquitetura Viva, especializada em imóveis de alto padrão na capital, acelerou os projetos devido à demanda e vai lançar R$ 800 milhões este ano em empreendimentos de alto padrão, quatro vezes o VGV médio dos últimos anos.

Fonte: Portal Radar Imobiliário