Mercado imobiliário analisa momento para financiar imóvel com Selic em alta

Com a atual Selic (taxa básica de juros) em 3,5%, após a segunda alta consecutiva, o mercado imobiliário destaca que os financiamentos ligados aos imóveis não devem ser impactados de forma imediata por conta do spread bancário (diferença entre o custo da captação e o que o banco ganha quando empresta), que ainda é significativo, visto que a média do crédito imobiliário gira em torno de 7% ao ano.

Para Rafael Sasso, especialista em mercado imobiliário e inovação e professor da Finted Tech School, se as altas continuarem, devemos ver algum ajuste mais para o final do ano.

Já o presidente do site de comparação de juros Melhortaxa, Paulo Chebat, destaca que esse é o melhor momento para compra e principalmente para portabilidade do empréstimo, para baratear as parcelas.

O chefe de investimentos do Imovelweb Tiago Galdino indica que é ideal o financiamento neste período antes da continuidade da alta dos juros.

Levando em conta fatores como o aumento da Selic, a alta do dólar, a inflação da construção civil e o crescimento da demanda por imóveis, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) estima que o brasileiro possa pagar de 5% a 10% mais caro nos imóveis em 2021 do que pagou em média em 2020, segundo a publicação.

Por fim, Filipe Pontual, diretor executivo da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), disse que além da Selic, é importante verificar o comportamento dos contratos de juros futuros, que são negociados na B3, bolsa de valores. As taxas de juros longos, de 5 anos e 10 anos, têm mais impacto nas taxas do financiamento imobiliário, porque ele também tem prazo mais estendido.

Fonte: Valor Investe