Reuniões online custam 90% a menos para empresas do setor imobiliário

Mesmo com a tendência ao trabalho híbrido e retorno de eventos presenciais controlados em proteção da saúde, as opções de reuniões remotas continuam ganhando destaque no mundo corporativo. Com proposta em tramitação no legislativo, que permite o uso de meios virtuais para realizar assembleias e reuniões de órgãos deliberativos de pessoas jurídicas de direito privado, a opção virtual poderá se consolidar não só entre empresas, mas para sociedades, fundações, associações, organizações religiosas e partidos políticos.

Além da possibilidade de amparo jurídico, agilidade e conforto, o uso de tecnologias para sustentar a demanda por reuniões a distância trouxe outro benefício: a redução de custos operacionais, principalmente para realização de eventos ou conferências oficiais, que vão além das reuniões tradicionais de escritório.

Um exemplo da consolidação do formato por conta da vantagem financeira acontece no segmento imobiliário. Administradoras e construtoras que experimentaram videoconferências ao longo da pandemia estão optando pela continuidade do modelo online, isso porque o formato pode oferecer uma redução de custos operacionais de até 90%.

Toda a organização, locação e coordenação de uma assembleia de constituição para um condomínio de médio porte pode demandar um investimento entre R$ 10 mil e R$ 15 mil Enquanto encontros virtuais através de uma plataforma dedicada custa, em média, R$ 1 mil, já considerando a integração com a plataforma Zoom. O dado é da Winker, proptech que atende mais de 6.500 condomínios no país — 3 mil apenas em São Paulo, incluindo clientes como administradoras, construtoras e empresas de segurança.

“As construtoras hoje preferem fazer uma assembleia de constituição de forma online, por exemplo. É muito mais viável e prático entregar uma cesta com champanhe na casa dos proprietários e oficializar a entrega dos projetos de forma remota do que alugar um espaço e serviços para um evento presencial, que contaria com centenas ou até milhares de pessoas”, explica Thiago Paulo, COO da Winker.

O estudo da Winker também destaca que soluções e serviços para convenções online também foram adotados por organizações de fora do setor imobiliário, como para cooperativas do mercado financeiro e entidades de classe, aproveitando uma demanda de mercado que não é restrita. Muitas reuniões, inclusive, podem ocorrer de forma assíncrona, dependendo da plataforma. Essa característica oferece um acesso mais democrático aos participantes quando há necessidade de votação.

Engajamento em reuniões de condomínio

Com mais de 960 mil pessoas cadastradas em sua plataforma de gestão, a Winker analisou que o crescimento do uso de tecnologias para encontros remotos no segmento imobiliário não estagnou e continua aumentando desde março de 2020, quando a alternativa foi inserida no mercado. Até outubro deste ano, a empresa registrou a realização anual de mais de 3.200 assembleias no formato digital por condomínios clientes. Entre o primeiro semestre de 2021 e o segundo semestre (considerando até o mês 10), houve um aumento de 207% na realização de assembleias online, reforçando a popularidade do modelo remoto nos condomínios brasileiros.

Desde a implementação do modelo remoto para condomínios e organizações, em março de 2020, a Winker percebeu um aumento de 65% no engajamento e registro para participação de assembleias. “Atualmente, os cartórios já aceitam a lista de presença virtual e relatório de votos remotos. A virtualização das assembleias trouxe mais objetividade na deliberação dos assuntos, quando o condomínio, administradora ou organização já disponibiliza todas as informações necessárias para a tomada de decisão”, conclui Thiago.

Por Radar Imobiliário