Setor imobiliário analisa cenário econômico de 2022

O vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Celso Petrucci, destaca que “o mercado do programa habitacional Casa Verde Amarela represente 75% do setor imobiliário do país, em números de unidades lançadas. Além de uma demanda reprimida, pode ser que as pessoas procurem por imóveis como reserva de valor, para não depender da volatilidade do mercado financeiro. Para 2022, prevejo um número [de vendas de imóveis] próximo deste ano. Não acho que vai haver uma redução neste número”.

Ainda segundo o presidente do Sindicato da Habitação em São Paulo (Secovi-SP), Basílio Jafet, outro fator que colabora para uma manutenção do mercado é o déficit habitacional, que nas principais cidades, há necessidade de construir 1,5 milhão de novas moradias por ano.

Já em 2023 é previsto um auxílio através da implementação da última fase das normas prudenciais do setor financeiro de Basileia 3.

Com o Acordo de Basileia 3, podem ser liberados até 6 bilhões de reais em requerimento de capital para créditos imobiliários.

“O novo padrão, que deve ser publicado de Basileia 3, deverá entrar em vigor a partir de janeiro de 2023, com granularidade maior na forma como se encara o risco das operações de financiamento imobiliário. Em termos de impacto, haverá uma redução de requerimento de capital de R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões”, pontua Otávio Damaso, diretor de regulação do Banco Central.

Fonte: AECWeb