Setor imobiliário avalia movimentação política e econômica para 2022

Um fator preocupante para o setor imobiliário em 2022 é a instabilidade política, principalmente com as eleições. Outras questões incluídas nessa apreensão são a alta dos juros e também a inflação.

Mas sabemos que o mercado é resiliente e inclusive passou por períodos mais críticos e conseguiu sobreviver. O último está sendo a pandemia, e mesmo com todo cenário incerto, conseguiu dar a volta por cima com a redução de juros.

Segundo Fábio Araújo, sócio-diretor da consultoria Brain Inteligência Estratégica, 2021 deve fechar com um volume recorde de financiamentos imobiliários no país. Levando-se em conta os últimos três anos, quadruplicou-se o montante investido”, diz

E outros indicadores também reforçam essa confiança. No período de doze meses até outubro, o país está registrando um recorde, superando R$ 200 bilhões na negociação de mais de 800 000 imóveis financiados pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, modalidade que representa 78% do crédito imobiliário tradicional. Já de janeiro a setembro de 2021, houve no Brasil uma expansão de 37,5% nos lançamentos residenciais em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto as vendas cresceram 22,5%.

Mesmo assim, o mercado imobiliário está atento às movimentações e índices que refletem diretamente na produção de imóveis. Um dos principais é o Índice Nacional de Custo da Construção-M (INCC-M), da FGV, acumulava em novembro 14,69% de alta, no consolidado de doze meses. “Essas primeiras nuvens no horizonte já foram percebidas pelos investidores da bolsa de valores, a B3. Um levantamento realizado pela consultoria Economatica mostra que, das dezoito empresas do setor listadas no pregão, apenas a CR2 apresenta ações em processo de valorização desde o dia 21 de fevereiro de 2020, quando a pandemia começou”, segundo a publicação.

Fonte: Veja